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Distância percorrida: 47,5 kms
Duração: 2 horas e 33 minutos
Velocidade média: 19 kms/h
Área envolvida: 17 kms2
Tendo em conta os dias que se aproximam, relembrei com alguma nostalgia uma frase que li há uns anos e que sempre achei piada... «farto de dores com que o matavam foi em viagens por esse mundo»... Frase esta de autor desconhecido atribuída a António Nobre, pensando eu que lhe foi dedicada.
Esta frase está inscrita numa pedra, tal como represento na primeira imagem, na Praia da Boa Hora em Leça. Achei que o melhor local para começar esta série de crónicas seria este e, já agora, porque não fazê-lo com outro companheiro da estrada!?
Este é um local muito especial para mim, por muitas razões, mas porque passei aqui muito tempo em adolescente e sempre foi um local que me provocava calma e serenidade. É aqui que está outra frase de António Nobre muito interessante: «Na praia lá da Boa Nova, um dia, Edifiquei (foi esse o grande mal) Alto castelo, o que é a fantasia, Todo de lápis-lazúli e coral!»
Quem passa por lá também não fica indiferente à famosa Casa de Chá da Boa Nova do arquitecto Álvaro Siza Vieira. A pequena capela e a grande refinaria contrastam neste misto de antiguidade e inovação sempre com o atento olhar do farol!
Daqui seguimos em direcção a norte sempre com o mar ao nosso lado esquerdo, utilizando sempre a estrada o mais chegada a ele possível... até não poder mais!
Foi então que chegamos a uma praia, que eu lhe chamo praia azul por causa do café azul edificado nas dunas e é nesta praia que procuramos refugio de multidões ao final de tarde!
Visto ainda ser muito cedo para regressar a casa, decidimos refazer o caminho de volta em direcção a sul até Leixões, claro que muito ficou por registar mas haverão outros passeios com outros interesses!
Entrando na AE deparamos com transito congestionado e aqui optamos por seguir caminhos distintos, pois tenho pouca paciência para esperar no transito com moto, em especial com as malas laterais! Assim segui por Matosinhos, solitário e sem destino mas com rumo!
Lembrei-me então de um monumento que nunca entendi e jáprocurei explicação e nada fez sentido... parei e fotografei... um dia alguém me dirá! É de referir que algo deve ter relação com Santiago pois a simbologia parece a mesma!
Após procurar mais conhecimento, lá voltei à estrada, percorrendo toda a marginal de volta ao Porto e pelo Porto, observando as pessoas nas suas vidas e hábitos. Passando por debaixo da Ponte da Arrábida, decido parar para beber algo numa esplanada habitual e sem prestar muita atenção escuto os temas de conversa à minha volta e interrogo-me se isso me interessa e porque é que estou a tomar atenção a conversas de outras pessoas sem perceber o que iam fazer a Lisboa no dia seguinte ou os problemas de saúde do pai.
Levanto-me e rumo a casa... já comecei nas minhas viagens por esse mundo na tentativa de esquecer as minhas dores!
Esta foi a primeira...